REVIRAVOLTA no Caso Vitória? Polícia investiga participação de segunda pessoa após série de indícios

O caso Vitória continua a repercutir e pode trazer novas reviravoltas nos próximos dias. Mesmo após Maicol Sales dos Santos ter confessado o assassinato da adolescente de 17 anos, a Polícia Civil de São Paulo segue investigando a possibilidade de que ele não tenha agido sozinho.

Indícios de um possível cúmplice

Embora Maicol tenha declarado em depoimento que cometeu o crime sem ajuda, alguns elementos levantam dúvidas sobre essa versão. De acordo com informações divulgadas pela Record TV, pelo menos três fatores indicam a participação de uma segunda pessoa no crime.

O primeiro ponto que levanta suspeitas é o depoimento de uma testemunha que afirma ter visto duas pessoas dentro do carro de Maicol no dia do crime. A segunda pessoa, segundo essa fonte, não era Vitória. Esse relato contradiz diretamente a confissão do suspeito e sugere que pode haver mais alguém envolvido no caso.

Outro elemento que reforça essa hipótese foi uma declaração feita por Maicol na carceragem de Cajamar. Segundo relatos, ele teria dito a frase: “Eu não vou pagar isso sozinho”, o que pode indicar que há outro responsável que ainda não foi identificado pela polícia.

Além disso, uma simulação realizada por uma equipe de reportagem levantou um questionamento importante: seria possível que Maicol, sozinho, carregasse o corpo de Vitória, que pesava aproximadamente 60 kg, por uma trilha densa e de difícil acesso no meio da mata? Os experimentos indicam que essa tarefa seria extremamente difícil para uma única pessoa, o que fortalece a teoria da existência de um cúmplice.

Defesa questiona legalidade da confissão

Enquanto as investigações seguem para esclarecer todas as circunstâncias do crime, a equipe jurídica de Maicol contesta a forma como a confissão foi obtida. O advogado do suspeito, Arthur Perin Novaes, alega que houve irregularidades no depoimento que levou à confissão de seu cliente.

Segundo Novaes, Maicol teria sido interrogado durante a madrugada, sem a presença de advogados, o que viola princípios legais que garantem o direito à defesa. O advogado também mencionou o depoimento de uma testemunha que nega que Maicol tenha, de fato, confessado o crime.

“A defesa não participou de qualquer ato de confissão, não foi devidamente intimada para isso. Recebemos essa informação com muita estranheza”, afirmou Arthur Novaes. O advogado pretende utilizar esses argumentos para tentar anular o depoimento do cliente e buscar uma nova linha de defesa no processo.

A investigação continua

Com essas novas informações, a Polícia Civil mantém o caso em aberto e não descarta novas diligências para aprofundar as suspeitas sobre um possível cúmplice. A principal preocupação dos investigadores, neste momento, é reunir provas concretas que confirmem ou descartem a participação de uma segunda pessoa no crime.

Peritos seguem analisando imagens de câmeras de segurança, registros de ligações telefônicas e depoimentos de testemunhas que possam ajudar a esclarecer o caso. Além disso, os investigadores aguardam resultados de exames periciais que podem trazer mais detalhes sobre como Vitória foi morta e se havia, de fato, mais alguém presente na cena do crime.

O impacto do caso

O assassinato de Vitória gerou comoção em todo o país e reacendeu o debate sobre a segurança de adolescentes e jovens. O caso também tem sido amplamente discutido nas redes sociais, com muitas pessoas cobrando uma investigação rigorosa e punições exemplares para os responsáveis.

Além da dor para a família da vítima, o crime também levanta questões importantes sobre o funcionamento do sistema de justiça criminal. A polêmica em torno da confissão de Maicol mostra como, muitas vezes, detalhes processuais podem ter um impacto significativo no desfecho de um caso.

Se for comprovado que houve irregularidades na obtenção do depoimento do suspeito, a defesa pode solicitar a anulação da confissão, o que poderia mudar os rumos da investigação. No entanto, se a polícia conseguir reunir mais provas que confirmem a participação de Maicol e de um possível cúmplice, o caso poderá ganhar novos desdobramentos nos próximos dias.

A expectativa agora é pela conclusão dos laudos periciais e pelos próximos passos da investigação, que podem trazer respostas definitivas sobre um crime que chocou o país.

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