A descoberta do corpo de Alisson da Rocha Alves, de 26 anos, trouxe um desfecho trágico para uma semana angustiante de sua família e amigos. Suas buscas chegaram ao fim de forma trágica.
O jovem auxiliar de carga e descarga estava desaparecido desde o dia 12 de abril, após ser sequestrado durante um assalto próximo à PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife.
Infelizmente, seu corpo foi encontrado com marcas de tiros em um riacho da região no último sábado, dia 20 de abril. A região de Recife tem experimentado um aumento nos índices de violência nos últimos tempo.
A demora na mobilização das autoridades para iniciar as buscas pelo jovem gerou indignação e revolta entre os familiares. Em um esforço para acelerar as investigações, parentes e amigos realizaram um protesto em frente a uma delegacia.
A demora foi atribuída à falta de estrutura e efetivo da Polícia Civil de Pernambuco, que, devido ao déficit histórico de profissionais, muitas vezes não opera à noite e nos fins de semana.
Este caso ressalta a urgência de melhorias na estrutura policial do estado. Segundo a Associação de Delegados e Delegadas de Polícia de Pernambuco (Adeppe), apenas duas delegacias em Recife operam 24 horas por dia.
O presidente da Adeppe, delegado Diogo Melo Victor, enfatizou a necessidade de reestabelecer as delegacias de plantão em todas as Áreas Integradas de Segurança.
As estatísticas de violência em Pernambuco são alarmantes. No primeiro trimestre de 2024, houve um aumento de 9,16% nas mortes violentas em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A comunidade e as autoridades precisam unir esforços para combater a violência e garantir a segurança dos cidadãos. É fundamental que as investigações sobre a morte de Alisson sejam conduzidas de forma rigorosa e que medidas sejam tomadas.