Sem notícias do filho há mais de um mês, desde que o garoto desapareceu na Praia da Barra da Tijuca, localizada no Rio de Janeiro, Edson do Santos Almeida e Marize Araújo pais de Edson Davi, de 6 anos, estão desesperados em busca de notícias que possam levar ao paradeiro da criança.
O casal está com problemas financeiros já que a vida da família paralisou a partir do momento que Edson desapareceu, Edson e Marize são donos de uma barraca de praia que fica localizada na altura do Posto 4, na Barra da Tijuca e desde que o filho sumiu eles estão sem trabalhar.
No dia 4 de janeiro, o garoto foi dado como desaparecido. Edson mencionou que ele e sua esposa receberam auxílio financeiro de amigos próximos e outros comerciantes da barraca para garantir seu sustento ao longo de janeiro, mas planejam retomar suas atividades na praia em breve.
Embora a família de Édson acredite que o garoto tenha sido levado da praia por alguém, a principal hipótese da polícia é que o menino tenha entrado no mar e se afogado em um momento de descuido do pai que naquele dia era o responsável pelos cuidados do garoto.
Elen Souto, delegada responsável pelo caso, afirmou em entrevista ao portal ‘O Globo’, que apesar da família de Édson Davi insistir que a criança foi sequestrada, as investigações não apontam nenhuma evidência de que tal crime tenha acontecido.
“Não há dúvidas que houve falta de vigilância e cautela do pai de Édson Davi. Nem todo corpo afogado aparece, principalmente no mar da Barra. Pode ficar preso em pedras, bem como ser direcionado para alto mar”, destacou a delegada.
Diante a acusação de negligência, o pai de Davi se vê ainda mais desesperado sem notícias do filho.
“Ontem foi meu aniversário, e eu achava que ia ter ele (Edson Davi) comigo, mas não tive. Eu não consigo fazer mais nada, não consigo trabalhar, nada. Todo dia é um inferno, todo dia eu choro”, ressaltou o pai de Édson Davi.
Sequestro
Conforme relatado por Luís Carlos dos Santos, proprietário da barraca Point do Alemão e uma das testemunhas do ocorrido, Davi foi visto na barraca por volta das 16h antes de desaparecer.
Segundo Santos, o menino estava procurando por um vendedor de picolés que passava próximo ao estabelecimento. Cerca de uma hora depois, por volta das 17h, o pai de Davi indagou ao dono da barraca se ele tinha visto o garoto.
Assim como a família de Édson Davi, o comerciante conhecido como Alemão, também suspeita que o menino tenha sido levado por alguém, embora a linha de investigação da polícia descarte essa possibilidade e sugira um possível afogamento.